quarta-feira, 20 de maio de 2009

Jovem e Internet

JOVEM E INTERNET
Dar uma passadinha pelo site de relacionamentos Orkut, ou bater um papo no comunicador instantâneo MSN, tornou-se algo mais que corriqueiro na vida dos jovens brasileiros. Dados divulgados pela Microsoft, recentemente, revelam que o Brasil atingiu a marca de 30,5 milhões de usuários no MSN Messenger, ou cerca de 11% do total mundial de 263 milhões de usuários.
A febre dos comunicadores virtuais não é recente. Outras ferramentas, como o canal de bate-papo IRC (do inglês, Internet Relay Chat) e o ICQ (acrônimo na pronúncia em inglês I Seek You), já foram muito usadas no final da década de 90. Já o MSN e o Orkut tornaram-se sensação no início de 2004, quando ‘grupinhos’ da vida real passaram a também utilizar os dois serviços para se relacionar no mundo virtual.
As ferramentas são importantes como formas de aproximação e contato na opinião da psicóloga Elizabeth Haro. “O contato pessoal nem sempre permite se relacionar com tantas pessoas ao mesmo tempo como essas ferramentas”, afirma ela. Segundo a especialista, os canais virtuais proporcionam um impacto muito maior das mensagens, ideologias, modismos, pela velocidade e abrangência que a internet oferece.
E o vício, nestes casos, não está afastado. “O uso excessivo e exclusivo para o relacionamento dos jovens é prejudicial, porque eles se escondem atrás da máquina, chegando até a mudar a identidade e inventar personalidades”, observa a psicóloga. “Quando isso é uma brincadeira tudo bem, o problema é quando se perde o limite, e isso leva a compulsão”, completa.
Os jovens internautas também se mostram precoces e autodidatas. Segundo pesquisa da Safernet, 49% do jovens aprenderam a navegar sozinhos; e 32% tinham entre 5 e 9 anos quando tiveram contato com a internet pela primeira vez.
O levantamento da SaferNet — que ouviu 1.326 pessoas de 26 estados, sendo 451 pais e 875 crianças ou adolescentes de até 18 anos — aponta que o internauta brasileiro costuma expor sua intimidade. Setenta e dois por cento dos participantes do estudo dizem publicar suas fotos na rede, e 51% divulgam o sobrenome além do nome verdadeiro, algo que não é recomendado.

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